terça-feira, 2 de junho de 2020

CALCULO DO MMC - MDC

ttps://www.youtube.com/watch?v=Xw6UD98hSeo

ESTUDANDO DIVISÃO

https://www.youtube.com/watch?v=eeHC5huj7vw

CORONAVÍRUS- COVID-19

  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia.
  • Foram confirmados no mundo 6.057.853 casos de COVID-19 (122.917 novos em relação ao dia anterior) e 371.166 mortes (4.000 novas em relação ao dia anterior) até 1 de junho de 2020.
  • Na Região das Américas, 897.397 pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus se recuperaram, conforme dados de 31 de maio de 2020.
  • A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a OMS estão prestando apoio técnico ao Brasil e outros países, na preparação e resposta ao surto de COVID-19.
  • Medidas de proteção: lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel e cobrir a boca com o antebraço quando tossir ou espirrar (ou utilize um lenço descartável e, após tossir/espirrar, jogue-o no lixo e lave as mãos).
  • Se uma pessoa tiver sintomas menores, como tosse leve ou febre leve, geralmente não há necessidade de procurar atendimento médico. O ideal é ficar em casa, fazer autoisolamento (conforme as orientações das autoridades nacionais) e monitorar os sintomas. Procure atendimento médico imediato se tiver dificuldade de respirar ou dor/pressão no peito.
  • A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem apoiado diariamente as ações do Ministério da Saúde do Brasil na resposta à COVID-19 desde janeiro de 2020.
    Antes do primeiro caso notificado da doença na América Latina, a OPAS organizou em fevereiro, junto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde do Brasil, um treinamento para nove países sobre diagnóstico laboratorial do novo coronavírus. Participaram da capacitação especialistas da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.
    Durante a atividade, os participantes fizeram um exercício prático de detecção molecular do vírus causador da COVID-19, além de revisarem e discutirem sobre as principais evidências e protocolos disponíveis. A OPAS também doou ao Brasil primers e controles positivos, que são materiais essenciais para diagnóstico do coronavírus, e – junto com as autoridades de saúde brasileiras – disponibilizou reagentes para outros países da região das Américas.
Em março, a Organização Pan-Americana da Saúde realizou um treinamento para especialistas em saúde pública do Brasil no uso da Go.Data, ferramenta que busca facilitar a investigação de surtos e epidemias, como a da doença causada pelo novo coronavírus: COVID-19. A capacitação foi feita a pedido do Ministério da Saúde do país.
A Go.Data permite a coleta de dados de campo, rastreamento de contatos e visualização de cadeias de transmissão. Pode ser usada tanto online quanto offline em diferentes plataformas, como computadores, celulares e tablets – e funciona em diversos sistemas, como Windows, Linux, Mac, Android e iOS.
Além disso, a OPAS está ajudando o Brasil a ampliar sua capacidade de diagnóstico, com a compra de 10 milhões de testes do tipo RT-PCR, que detectam se a pessoa está infectada com o coronavírus causador da COVID-19. Também está disponibilizando cursos virtuais em português para profissionais de saúde e ajudando a fortalecer, em apoio às ações do Ministério da Saúde do Brasil, a capacidade de vigilância no município de Manaus e no estado do Amazonas.
A Organização Pan-Americana da Saúde tem disponibilizado ainda uma série de ferramentas para auxiliar os governos na tomada de decisão sobre medidas não farmacológicas, como endurecimento ou afrouxamento das medidas de distanciamento social, inclusive com indicadores e uma calculadora de cenários epidêmicos.
Outra iniciativa da OPAS é a promoção da saúde mental no contexto da pandemia, com informações direcionadas a profissionais de saúde, cuidadores, população em geral, pessoas idosas e população venezuelana migrante migrante.
Além disso, a Organização Pan-Americana da Saúde tem conduzido uma série de seminários virtuais com especialistas de diferentes países – incluindo China, Espanha, Itália e Japão – para apoiar o Brasil no desenvolvimento de protocolos, bem como informar as autoridades de saúde pública. Os últimos seminários, com especialistas da Espanha, foram relacionados à identificação de sinais e sintomas da COVID-19, como lesões de pele e síndrome inflamatória multissistêmica em crianças e adolescentes.
-Informações do Ministério da Saúde do Brasil: https://coronavirus.saude.gov.br/
-Unidades Básicas de saúde e hospitais de referência, por estado e município brasileiro: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#hospitais-referencia
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sábado, 22 de junho de 2019

domingo, 31 de julho de 2011

REPORTAGEM DE SILVEIRAS

CULTURA POPULAR

O dia em que o tempo parou
A reunião de velhos tropeiros em Ronco dÁgua traz à lembrança um Brasil que cresceu sobre cascos de mula

Texto Suely Gonçalves
Fotos Ernesto de Souza


João, Josias, Joaquim e Mestre Ditinho: reunião de memórias
Às 6 horas da manhã, sentado na soleira da porta de sua casinha no bairro do Bom Jesus, município de Silveiras (SP), Benedito Henrique de Paula não chegou a ouvir no último 31 de agosto o toque da alvorada que anunciava o Dia Nacional do Tropeiro. Nem ele nem Joaquim Governo, companheiro fiel de longas jornadas. Os dois tinham outro plano para esse dia: visitar os irmãos João e Josias Mendes. Seria esse, depois de muitos anos, um reencontro de velhos tropeiros.
Cincerro, o sino que vai no pescoço da madrinha, a mula que segue à frente da tropa
No caminho do Ronco d'Água, onde os irmãos vivem em sossego garantidos por um gadinho de leite e uns palmos de lavoura, as lembranças brotavam da mata fechada. Não ficava ali o mangueirão que tantas vezes serviu de pouso para a tropa? Como os 85 anos de vida não chegaram a bulir em sua memória, Ditinho vez por outra ia corrigindo Joaquim. É verdade que o asfalto cobriu as trilhas e o ronco dos motores espantou pra longe os coleirinhos-do-brejo e os tico-ticos, mas ficava ali, sim, depois da curva fechada, a entrada do grotão que levava à Serra da Bocaina, por onde as tropas subiam e desciam carregadas de tudo: café, milho, feijão, tijolo, pisando o mesmo caminho por onde, durante dois séculos, mulas carregadas com o ouro das Minas Gerais seguiam em direção ao porto de Parati.
Mais duas léguas de lembranças e chega-se à casinha de João escondida na neblina. A surpresa faz o tropeiro abandonar a gaiola do azulão e com respeito de aprendiz tirar o chapéu para o velho mestre: 'Josias de Deus, vem ver quem chegou'. Pronto. Diante do fogão de lenha e do bule de café quente e forte a prosa corre solta como se o tempo tivesse parado. Volta e meia a valentia de Ditinho aparece permeando os 'causos'. Domador de burro bravo e tropeiro desde os 7 anos, ele ensinou o ofício a todos.
Aprender até foi fácil. Difícil era sossegar em casa, ver os filhos crescerem. A fartura brotava nas terras de João Romão, poderoso senhor de oito fazendas espalhadas por vales e grotões e cuja produção movimentava imensas tropas meses a fio.
A festa do Dia Nacional do Tropeiro, em Silveiras, criada pelos quatro companheiros há 30 anos: estridência de 70 mil visitantes a torna irreconhecível para os velhos tropeiros
Os ecos da festa do Dia Nacional do Tropeiro não chegam ao Ronco d'Água. E mesmo que chegassem não seriam capazes de animar os quatro companheiros. Em meio à estridência dos quase 70 mil visitantes que invadem Silveiras nessa data, eles não reconhecem mais a festa que inventaram há quase 30 anos, quando, por pura brincadeira, armaram um trempe na pracinha e ofereceram a uns poucos curiosos feijão, toucinho e arroz. Um litro de cachaça animou a cantoria de viola que entrou madrugada adentro. E sobre esse assunto mais não dizem. Os velhos tropeiros preferem não corromper a memória do tempo.
Hora de partir. Como que se despedindo, a mula Jeitosa risca o casco na pedra. Ditinho se volta. É tudo lembrança...

Porta coador de café é utilizado pelos tropeiros durante as longas viagens
João, Josias, Ditinho e Joaquim não sabem, mas foi nos cascos das mulas que durante dois séculos a riqueza do Brasil circulou. Os destemidos tropeiros, mensageiros do Brasil colônia, expandiram fronteiras, criaram vilas e cidades e integraram um país continental. Não fossem eles, a fome que assolou a região mineradora em 1697, 1700 e 1713 teria dizimado a multidão que se dirigiu às Minas Gerais atraída pela descoberta de ouro e diamantes. Se havia braço para o garimpo não havia para a lavoura. A salvação chegou no lombo das tropas que circulavam sem parar transportando alimentos, garantindo o trabalho extrativista. Os tropeiros chegavam trazendo comida e saíam carregados de ouro em direção aos portos do Rio de Janeiro e de Parati, de onde voltavam com os produtos manufaturados vindos de Portugal.
Com tanta atividade foram semeando pelo caminho os 'encostos', pousos em pasto aberto que depois se transformaram em 'ranchos', abrigos já construídos, pontos de partida para a formação de vilas e povoados. Em torno do movimento das tropas foram surgindo novas profissões: o peão domador, o ferrador, o coureiro, o rancheiro, o aveitar, uma espécie primitiva de veterinário.
Naqueles tempos, quem se aventurasse a desbravar os caminhos do Brasil sabia que teria que levar a fome na garupa. Não havia alimento ao longo do percurso e os tropeiros garantiam a sobrevivência levando nas mochilas farinha de mandioca bem seca que comiam misturada à carne-de-sol que o próprio gado transportado fornecia. Quando a fome apertava, o jeito era apelar para os bichos-de-taquara, chamados gusanos, e para os içás torrados.
Enfrentando inimagináveis perigos e privações, o tropeirismo, ao lado das entradas e bandeiras, fez parte da grande movimentação humana que teve início no século 16. E não foi pequena sua contribuição. Empurrando fronteiras, os tropeiros definiram o mapa do Brasil integrando as regiões de um país imenso. Sem eles, a exploração das jazidas de ouro e diamantes seria impossível e a atividade pecuarista não teria se alastrado do Sul para São Paulo e depois para Mato Grosso e Goiás.
Mesmo sem saber, João, Josias, Ditinho e Joaquim fazem parte dessa história.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Fotos de Silveiras

PRAÇA DA MATRIZ   REFORMADA EM 2019 COM NOVA CARA.